terça-feira, 17 de julho de 2012

A condição das doenças sexualmente transmissíveis na Bahia


Há muito as DST influenciam fatos e assumem importância histórica para a humanidade. Mais recentemente o HIV-AIDS não foge a esse padrão. A sífilis e a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) marcaram eras e definiram períodos históricos.
A AIDS atinge próximo de 35 milhões de pessoas em todo o mundo. Estatísticas preliminares levantadas no CEDAP (Centro Estadual Especializado em Diagnóstico Assistência e Pesquisa) além dos números apontados pelo programa estadual de DST/HIV mostram que ambas as doenças vem se expandindo no estado da Bahia. Na região de Vitória da Conquista a AIDS expande-se em velocidade acima da média brasileira.
Dados internos colhidos entre pacientes que fizeram testagem nas dependências do CEDAP sugerem um comportamento epidêmico da sífilis. Números das maternidades de Salvador endossam esse flagrante aumento da prevalência de sífilis na população.
As causas para tal situação são variadas. A população atendida pelo CEDAP é predominantemente soteropolitana. Acreditamos que a ausência de programas de saúde básica e disponibilidade de testagem na população de Salvador tem sido de grande peso no progresso dessas estatísticas desfavoráveis. Pacientes que não conseguem fazer testagem são disseminadores do HIV e de outras DST que por ventura permaneçam latentes por muitos anos. A manutenção dessa situação cobra o preço de estatísticas como do Hospital Couto Maia onde 40% dos pacientes que chegam ao pronto atendimento com AIDS não sabiam ser portadores do vírus.
Grandes avanços foram alcançados no cuidado com a saúde do baiano nos últimos anos. Novos hospitais abertos e procedimentos de alta complexidade sendo realizados no interior quando há menos de uma década somente a capital os concretizava. Porém, se enviesarmos pelo lado dos cuidados à população vulnerável às DST, algo a mais precisa ser feito.